No verão de 1983 eu estava em João Pessoa. No último dia das férias, saí cedo para Tambaú, pois meu vôo estava marcado para as 13 horas e ainda dava pra pegar uma praia. Caminhava pela areia quando escuto meu nome. Primeiro pensei que era fruto de insolação, depois percebi que era mesmo o Bruno, o Paulão e o Paulo Goiano, no calçadão, acenando pra mim. Vinham de Brasília, de carro, parando de cidade em cidade do nordeste e foram me encontrar em João Pessoa. Disse-lhes que ia embora a tarde e precisava voltar em casa de meus tios para pegar malas, tomar um banho, etc. Insistiram tanto para que tomássemos pelo menos um Chopp, vamos comemorar o nosso encontro, disseram, e eu não resisti. Quando percebi, a conta na mesa ostentava no mínimo uns 20 copos de chopp, era perto do meio dia, e meu tio desesperado com a possível perda do avião foi me resgatar no bar. A idéia do Paulão era embebedar-me para que perdesse mesmo o vôo e pudesse ficar com eles, curtindo as férias. Cheguei no aeroporto em cima da hora, bêbado, suado. Meu tio com cara de poucos amigos e meus amigos com a cara de quem se vê frustrado. Dentro do avião, olhando o céu ensolarado da Paraíba, lembro ainda da voz da Gal cantando Djavan e eu pensando na Josélia: Corre e vai dizer pro meu benzinho, hum, dizer assim que o amor é azulzinho.
Azul (Gal Costa)
Copie e cole no seu navegador:
http://www.youtube.com/watch?v=LnbpBsw8DLE
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário