quinta-feira, 29 de abril de 2010

Do barro ao pó

Entrei na QE 19 em novembro de 1973, num caminhão carregado de bananas. O motorista, amigo de meu tio, em Jataí, onde eu passava uns dias, nos trouxe, a mim e minha mãe, até Brasília e eu, pela primeira vez, encarei a terra (bote terra nisso) prometida. Vindo da SHIS NORTE, vilazinha popular urbanizada, chamaram-me a atenção os muros, que eram baixinhos, três fileiras de tijolos, por isso todos os vizinhos se viam. Os conjuntos de casas coloridas, cores vivas em padrão: o conjunto A, amarelo, o B, azul, o C, verde, o I rosa, o L, verde, o M... e assim por diante. Em 1974 os motoristas de taxi se negavam a adentrar o Guará 2. Quem viveu aquilo, sabe do que estou falando. A lama, em tempos de chuva, e a poeira, na seca, espantavam os taxistas. Nessa época, saía da EIT ao meio dia, corria para um ônibus da Viação Pioneira e vinha para o Guará, rodeando o barro original daquela cidade. Essa canção, que ouvi no rádio de pilha de um cobrador, me lembra exatamente aqueles dias do gênesis, ou seja, daquele barro fez-se o Léo e todos os outros cinqüentões que, hoje, andam por aí acordando pra trabalhar, correndo pra trabalhar...Por ora, é isso pessoal!


Capitão de indústria (Djalma Dias)
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http://www.youtube.com/watch?v=scdNn8M3qME

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