quinta-feira, 29 de abril de 2010

A banda que honra o nome

De todos os integrantes da "mitológica" Bandanarquia (a banda que honra o nome), o Adalbaerto, também conhecido como Zé, é, sem sombra de dúvidas, aquele que mais mergulhou na idéia de ganhar a vida com a música. Enquanto cada um dos outros integrantes da banda seguiu o caminho tradicional (eu e Nelson, bancários; Paulão, na área de Sistemas; César, escriturário e Sérgio, no Judiciário) o Zé, grande compositor e instrumentista, acabou mudando-se para o Rio de Janeiro na década de 80 em busca do sonho. Como músico, tocou em bares, boites, cabarés, praças, hotéis. Até hoje se pode ouvir sua voz afinada cantando velhos e novos blues pela cidade, seja como vocalista do Oficina Blues, seja no projeto Blues de bolso, com o Haroldinho, ou em reuniões etílico-gastronômico-culturais em casa de amigos. Ele me enviou essa pérola de lembrança. Ri-me a nao poder mais. Para aqueles que não conheceram, eis bem a cara da Bandanarquia.
Ave, Zé!


"Não sei em que ano foi, mas garanto que isso aconteceu nos primórdios de nossa amizade. Eu morava no começo do Guará, tinha comprado uma guitarra (ou a banda toda tinha comprado) tipo jovem guarda. Um dia, tomando umas e outras, descobri um sujeito que sabia tirar energia de um poste. Na loucura do momento, aproveitei para inventar um Mega show em um estacionamento próximo. Falei com a Bandanarquia e todos toparam. Eu ainda não era um sócio remido da banda, mas queria tocar. Com o aceite de todos, fui à prefeitura, secretaria cultural, coisa que o valha, obtive a aprovação para o show no período da tarde de um sábado ou domingo qualquer. Como não tínhamos todo o equipamento (amplificadores e tal), convidei uma banda que estava fazendo um pequeno sucesso nas festinhas: o Cabeça Solta. Eles tinham um baixista chamado Pedro Luis dos Santos Martins, atual baixista do Oficina Blues. No dia marcado, veio o cara que tirava energia do poste, veio a banda, eu apareci e ficamos esperando, esperando, esperando...zzzzZzZzZ...A Bandanarquia não deu sinal de vida. O estacionamento estava lotado com o público do Cabeça Solta. Desnecessário dizer que não houve show, fui xingado pelo público e até pela banda. E a Bandanarquia? Estavam todos bebendo no Taboca, bar da tia do Sérgio. Naquela época, acho que eu tentava ser intelectual e ouvia chicos e caetanos, fagneres e afins. Pra não explodir de raiva, disse pra mim mesmo: Manera, frufru, manera."


Cavalo Ferro (Fagner)
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http://www.youtube.com/watch?v=UXLQEkRcgfg

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