quinta-feira, 29 de abril de 2010

La revolución

Em 1979 eu fazia o curso de Letras no CEUB. Uma grande amiga dividia comigo as aulas matutinas de literatura e latim: Cintia. Seus pais, Seu Ivo e Dona Norma,são figuras inesquecíveis para mim. Um casal de grande inteligência e cultura e que me fez enxergar o mundo de outra e melhor maneira. Nessa época havia um boom da musica latino-americana por aqui e por conta dessa visibilidade toda Mercedes Soza, Violeta Parra e Vitor Jara nos eram tão familiares quanto Chico, Gil e Betania. Costumava levar meu violão para a faculdade e, nos intervalos ou quando matávamos alguma aula, ficávamos ao sol, tocando la nueva cancion de latino america, imaginando charangos e zampoñas. O CA de Letras promovia showzinhos ao ar livre e eu participava tocando e cantando essas músicas. Num primeiro de maio fui convidado, nao lembro por quem, pra tocar na praça do relógio, em Taguatinga. E fomos com a cara e a coragem, Cíntia e eu. Em pé, diante de vinte gatos pingados, cantamos algumas musiquinhas de Peru, Bolivia, Chile, Argentina. Me sentia a reencarnaçao de Victor Jara e a Cíntia era uma mistura de Joan Baez com Violeta Parra.

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http://www.youtube.com/watch?v=8DjDq5UZn5c

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