É curioso como determinadas canções têm o dom de nos transportar para outro tempo, outro lugar. Meu avô Olívio tinha completo pavor, absolutamente irracional, em ouvir Asa Branca. Dizia que trazia azar pra vida dele. Eu, de sacanagem, gostava de tocar Asa Branca perto dele e ele saia correndo. Nao me consta que tenha, por isso, sido desagraciado. Também é muito engraçado que algumas delas nos lembrem fulano ou beltrano, seja por que o fulano goste muito da canção ou a deteste. Associa-se imediatamente: tal música é a cara de ...a cara do Nelson. Quando integrávamos a Bandanarquia, aquela banda Porcina (que foi sem nunca ter sido), era comum passarmos mais tempo nos bares que nos ensaios. Nessas ocasiões etílico-musicais, quando nosso repertório incluía sempre os previsíveis Caetano, Chico, Milton, Lulu Santos, Djavan, Zé Ramalho e Raul, o Nelson, num intermezzo de grande sensibilidade, sempre emendava essa belíssima canção de Lamartine Babo. Coisas de Nelson Luís, o poeta sem hóspede e com morada.
Serra da boa esperança (Lamartine Babo)
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http://www.youtube.com/watch?v=mahECkzs8fI
quinta-feira, 29 de abril de 2010
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