sábado, 1 de maio de 2010

O outro lado da lua

O Zé envia sua colaboração. Configurei o blog para aceitar a postagem de determinados convidados. Deve estar dispoível em breve.

"Nunca fui muito de curtir rock progressivo. Nos idos de 73 - após cumprir dois anos de colégio interno em uma colônia jesuíta em São José do Rio preto – voltei à Brasília e fui matriculado no Ginásio do Setor Leste aonde aprendi a matar aulas, tocar rock rural e fazer teatro. Isso mesmo: Teatro!!! Acontece que geralmente matávamos aula, comprávamos alguma bebida e íamos para a casa de algum companheiro de contravenção para degustar o etílico ouvindo rock progressivo. Acontece que rock progressivo corta qualquer papo pois exige um alto grau de concentração ou melhor desconcentração a fim de que a viagem seja “o maior barato”. Nessas horas eu sempre me sentia como o coelhinho da piada quando os irmãos o levam para a primeira transa e a coelhinha , parte fundamental desse ritual, não aparece e ele diz: “Olha só galera, só vou fuder mais meia hora e depois vou me embora”... Pois então, após alguns minutos de ummagummas, atom heart mother, Yes e Emmerson Lake & Palmer , o cenário era de um punhado de moleques e no máximo duas molecas babando, olhando pro teto , rindo e exclamando :”sôo!”. Acontece que nesse ano foi lançado o Divisor de águas do Floyd, o disco mais pop do grupo aonde eles abusaram do blues e do soul: THE DARK SIDE OF THE MOON!!!!!!!!!!!!! Esse disco serviu para atenuar a imbecilidade dessas reuniões e eu ficava tentando decorar a letra de Money não sem antes acabar com toda a fonética do idioma de Dylan Thomas..


Um abraço.
Zé Adalberto
Ah, segue o link the uma das músicas: the great gig in the sky: http://www.youtube.com/watch?v=ZAydj4OJnwQ

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